Quando a pauta é casamento, não faltam assuntos para produção de conteúdo. E sim, tenho vários posts agendados para o futuro. Porém, esta semana fui tomada por um sentimento que precisava ser partilhado: quero que vocês saibam (ou pelo menos possam ter uma ideia) de como é a vida de cerimonialista.
A razão maior do que senti foi ter me despedido de várias noivas. Elas casaram, então, meu trabalho acabou. Vou dizer que é um misto de felicidade e tristeza que até me deixa meio atordoada. Falando primeiro da felicidade de finalizar um evento e ver que todos ficaram felizes. As festas foram um sucesso; os noivos curtiram muito; os convidados elogiaram bastante – não só para minha equipe, mas para os próprios noivos depois da festa.
A parte triste é que a gente se apega e sente quando o contato com aqueles clientes termina. Me sinto um pouco abandonada depois, confesso. A relação se estreita tanto, conheço a família, as particularidades de cada casal, muitas vezes sei coisas sobre a noiva que nem ela mesma tem consciência. É como se uma grande amiga fosse embora.
Abrindo um parênteses no texto: não caí nesse mundo de festas de paraquedas. Sempre quis trabalhar com eventos. Desde o vestibular, escolhi minha faculdade conforme a grade curricular que me daria mais experiência para trabalhar com aquilo que eu gostava.
Mirei primeiro nos eventos corporativos, porque era o que eu conhecia, mas a paixão pelos eventos sociais foi crescendo até chegar aquela hora que não deu mais para negar que eu gostava mesmo de trabalhar com a satisfação do cliente. Era paixão pelo atendimento, falar com pessoas, descobrir o que elas estavam pensando, planejar e fazer acontecer aquilo que estava só dentro da cabeça delas.
É um prazer incrível ver tudo realizado, todo mundo sorrindo e comemorando aqueles momentos únicos e especiais, mas também é uma responsabilidade enorme, porque estamos trabalhando com sonhos. Se algo dá errado não haverá uma segunda chance. O momento só acontece uma vez. Por isso acho tão importante os profissionais da área serem realmente capacitados (mais aqui), porque um erro num casamento (por exemplo) pode nunca ser esquecido.
Uma equipe enorme compõe o dia de uma festa, fornecedores de vários segmentos, buffet, fotógrafos, cinegrafistas, doceiras, decoração, ambientação, música, iluminação, fogos de artifício, atores, desenhistas… O céu é o limite quando montamos um evento e o objetivo é que os convidados vivenciem momentos inesquecíveis.
O produtor/cerimonialista é o maestro desta equipe, que cuida para que todo o trabalho seja feito de acordo com o que foi escolhido pelo seu cliente. Faz parte do nosso trabalho o estresse do dia, as broncas se necessárias, cuidar da pontualidade de todos, ser chato, ter olhos em todos os lados e cuidar dos clientes como se fossem filhos mesmo. Estão comendo bem, estão bebendo, está tudo certo?
Importante ressaltar que sem todos estes fornecedores o trabalho não funciona, nesse sentido, quando a gente indica um trabalho/profissional se torna responsável por ele. A responsabilidade é dobrada.
Este mês meu coração ficou saudoso de todas as noivas que já passaram por mim. Meninas, tenham certeza que cada história que vivi é lembrada com muito carinho, alguns perrengues, alguns puxões de orelha (porque nem tudo são flores), mas muita risada, palhaçada, conselhos… A lista é enorme!
Quero agradecer todos os casais e clientes que fizeram parte do meu caminho até aqui, com certeza me torno uma profissional melhor a cada evento.
Fico abandonada por um lado, mas também abrimos espaço para novas conexões, clientes e histórias. Quem passou tem um espaço especial guardado na memória. Para quem vem, temos uma folha em branco para criar. De qualquer forma, estou aqui quando precisarem.
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