Há pouco mais de um mês participei pela primeira vez do maior congresso de fotografia de casamento da América Latina: o Wedding Brasil. Em 2018, na sua décima edição, cerca de 4000 profissionais de foto e vídeo se reuniram em São Paulo durante 3 dias intensos para aprimorar conhecimentos, renovar o ânimo e buscar inspiração para seguir contando as histórias de amor com cada vez mais personalidade e verdade.
Verdade, aliás, foi uma das palavras mais repetidas nas palestras que assisti de grandes fotógrafos nacionais e internacionais. Hoje, a busca pela foto perfeita vai muito além de técnica e luz milimetricamente calculadas. A foto perfeita é aquela que realmente transmite a emoção daquele fragmento de momento único que a pessoa fotografada está vivendo. A foto perfeita é aquela que te faz sentir. E é isso que eu, e a maioria dos fotógrafos de casamentos, buscamos. Capturar emoções, eternizar momentos e todos essas outras frases que você vê no perfil do Instagram dos fotógrafos, apesar de piegas, é a mais pura verdade.
Nesse congresso ficou ainda mais nítido para mim o quanto as pessoas que trabalham com casamento são apaixonadas pelo que fazem. Ter o poder de registrar o início de uma nova família, um momento tão importante na vida das pessoas é mágico, além de uma responsabilidade enorme.
Tudo o que os noivos contrataram para acontecer naquele dia vai passar, a festa vai acabar, os convidados vão para suas casas e a única coisa que ficará para sempre são as fotos, o vídeo. Por isso, cada vez que vou fotografar um casamento eu sei que não estou apenas registrando a história de mais duas pessoas que me contrataram. Eu estou sendo parte dessa história e fazendo com que esse dia também faça parte da minha história.
Vou colocar aqui um trecho do livro Super Exposto: a real sobre o business da fotografia de casamento de Fabio Laub que traduz o que eu disse acima:
“Era a primeira vez que eu via um original do Cartier Bresson ao vivo quando me deparei com uma pintura lindíssima. Era uma aquarela de uma árvore gigante, uma árvore genealógica. Fiquei ali admirando aquela pintura por um tempo sem perceber que ele havia chegado e estava atrás de mim observando também. Quase tomei um susto ao ouvir a sua voz perguntando: “É uma bela pintura, não? Você conseguiu contar quantos nomes estão aí?” Eu respondi que não, mas imaginava que seria algo em torno de 100. “São 242! Duzentas e quarenta e duas pessoas que vieram apenas deste casal aqui”, disse ele, apontando para o tronco da árvore onde lia-se o nome de um casal. E logo emendou: “Aí está a importância do seu trabalho. Você entende isso? Seus olhos são responsáveis pelo registro do nascimento de uma família. Ao fotografar o casamento de duas pessoas, você está ali quando a árvore é plantada”(…) Nós, fotógrafos, somos testemunhas documentais do nascimento de uma família que daqui muitos anos pode ter mais de 200 indivíduos brigando a tapa por nossas imagens.”
Então, depois de ler isso, de absorver todo o conhecimento do congresso e de analisar como implantar o que aprendi na minha vida e carreira, vim aqui escrever esse post para contar para vocês que é muito bom quando sentimos que estamos no caminho certo. Além de aprimoramento técnico e networking com profissionais de todo o país, o Wedding Brasil serviu para me motivar ainda mais. Para mostrar que eu ser tão apaixonada pelo meu trabalho só vai fazer com que cada dia eu chegue mais perto dos meus objetivos.
Por aqui estamos sempre buscando mais conhecimento no mercado de casamentos para compartilhar com vocês aquilo que realmente vai fazer a diferença 🙂
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